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  Evangelizar orando...

 
 
 
 
 
A comunidade cristã “ideal”, segundo os Atos dos Apóstolos 2, 42, “persevera nas orações”. Com efeito, “os discípulos estavam sempre no templo, bendizendo a Deus” (At 2, 46-47).

O templo de Jerusalém, para Lucas, é o centro da história salvífica, o lugar onde Jesus se manifestou como sabedoria (cf. Lc 2, 41-50) e ensinou ao povo (cf. Lc 19, 47). O grupo dos discípulos, após a Páscoa, toma o lugar de Jesus no templo. Dessa forma, Lucas ressalta a continuidade entre a nova comunidade messiânica e a antiga história da salvação, concentrada no símbolo do templo.

Na fidelidade às orações, a comunidade deve se comportar da mesma forma que o próprio Senhor Jesus, que o Evangelho de Lucas mostra em oração em todos os momentos importantes da sua vida e do seu ministério.

As orações que demarcavam o dia do judeu piedoso, sua profissão de fé no início e no final do dia, a ação de graças antes das várias ações, devem inspirar nossas comunidades a fazerem o mesmo. É impossível conceber uma comunidade “cristã” que não se reúna para orar e louvar o Senhor. Ela deve necessariamente exprimir e conservar a relação com Deus que está na origem de sua reunião. Nesse sentido, podemos dizer que a comunidade de fé é o primeiro sacramento da presença de Deus no mundo. O mundo crê quando vê amor, quando vê irmãos e irmãs reunidos e unidos na mesma fé. Por outro lado, é impossível, no mundo de hoje, assumir e manter a qualidade de vida cristã, e assegurar a presença evangelizadora, sem o apoio concreto da comunidade de fé e de oração.

O próprio indivíduo necessita da comunidade de fé para conservar e manter vivas suas motivações e opções, isto é, a “testemunha individual” tem necessidade de meio onde sua fé possa ser aprofundada, comunicada e partilhada. Assim, as comunidades cristãs completam o que falta ao testemunho individual.

Tratemos de, a cada minuto que Deus nos conceder, melhorar e tornar nossa oração mais semelhante à oração de Jesus. A primeira renovação de nossa sociedade deve começar pela oração fervorosa. Amemos, então, a oração, e sintamos muitas vezes, durante o dia, a necessidade de orar e dedicar-lhe tempo... Afinal, o cristão deve ser alegre na esperança, forte na tribulação e perseverante na oração (cf. Rm 12, 12).

Perseveremos, pois, na oração pessoal-individual e comunitária.

Rezemos também pela execução eficaz de nosso V Plano Diocesano de Pastoral, e para que as Prioridades eleitas em nossa VII Assembléia Diocesana de Pastoral sejam assumidas por todos e cada um de nós. E rezemos também uns pelos outros...

A nossa ação evangelizadora não será frutuosa se não exprimir uma oração sincera e verdadeira. A oração é o alimento da vida espiritual e pastoral; descuidá-la faz enfraquecer e morrer a vida do espírito.

Dom Nelson Westrupp, scj Bispo diocesano de Santo André (SP) Fonte: CNBB

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